Muñoz, Sometimes I'm Happy
Cena do clipe de 'Sometimes I'm Happy', pela Abraxa Produtora (Reprodução Youtube)
Reportagem Especial

Entre estudar e tocar, o Munoz escolheu o rock’n’roll

O momento de decisão havia chegado para os irmãos Mauro e Samuel Fontoura. ‘Ou toca, ou estuda. Escolhemos tocar’, relembra Samuel, o caçula e batera do duo Muñoz.

A decisão já rendeu aos goianos criados em Uberlândia um EP, de 2013, que leva o nome do duo, e um álbum completo, ‘Nebula’, lançado no fim de 2014. Além de muitos shows e viagens pelo Brasil.

“A gente largou a faculdade para isso. Estávamos viajando muito, faltávamos às aulas. Tinha que ter um foco”

Samuel Fontoura, que fazia arquitetura; Mauro era estudante de Artes, ambos em MG

O Muñoz faz um som pesado, sem descanso. Apesar de jovens, Mauro tem 25 anos e Samuel está com 23, os irmãos foram buscar inspiração em músicas lançadas muito tempo antes de os dois terem nascido.

‘Começamos ouvindo artistas de Woodstock, fazendo tributo a eles. É setenteira, sessenteira’, brincou Mauro, em entrevista ao programa ‘Radar’, da TVE do Rio Grande do Sul. O irmão mais velho é o responsável por descarregar muita energia na guitarra e também nos vocais do grupo.

Com essa pegada, invadiram a noite de Uberlândia com seu rock’n’roll. E, de lá, saíram rodando o Brasil em shows e festivais. O Muñoz já passou por grandes centros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Natal, além de cidades pelo interior do país. Bauru (SP), Petrópolis (RJ), Mineiros (GO), Gravataí (RS) e Jaraguá do Sul (SC) são apenas alguns exemplos.

Com os shows em diferentes cidades, o Muñoz pôde encontrar-se com algumas bandas gringas que apenas ouviam antes de dividir um palco. E esses shows deixaram boas lembranças e momentos marcantes.

‘Teve (uns shows) como Radio Moscow e Kadavar, foi genial. Pirei muito. Foi meio surreal’, relembra Samuel sobre as duas apresentações.

Em 2015 os irmãos deixaram Uberlândia e foram morar para Florianópolis. E, no sul do país, apesar de manterem um bom ritmo de apresentações, olham para o futuro com preocupação, ainda mais para um duo que faz um som de qualidade, mas longe de ser comercial ou incrivelmente popular.

‘Rola demais (preocupação)’, revela Samuel. ‘A gente quer estudar também. E trabalhar com produção musical, gravar. Montamos um estúdio e queremos começar a mexer com isso. Produzir uns álbuns, abrir para ensaio’, continua o baterista.

Texto originalmente publicado em 2016, primeira fase do Bem Rock

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