Ter música de qualidade e ser autossustentável. Estes são os dois conselhos básicos de quem cresceu rapidamente no cenário da música independente brasileira, mas viu parte do trabalho ruir em poucos meses. Felipe Casaux, da Mad Monkees, tem experiência para dividir com outras bandas tentando se destacar e se manter.
‘O primeiro passo é ter música de qualidade’, diz o guitarrista. ‘É legal vídeo no Youtube, postar fotos no Instagram quando estamos em turnê. Hoje virou muito isso. Mas a música é para ser o principal combustível de tudo. A música é que une e é o motivo de estarmos fazendo tudo isso’, continua.
Banda e músicas definidas, Felipe vai direto ao ponto. É preciso encarar como um negócio. ‘Entender que é business e você vai gastar dinheiro com a banda. Não tem jeito’. Com essa visão, o músico estipula um primeiro objetivo: ‘é ser uma banda autossustentável’, define.
Com material na mão, o vocalista da Mad Monkees vê alguns investimentos necessários. ‘Ter um release legal, direto, bem trabalhado para deixar uma marca e a pessoa entender o que é sua banda. Ter fotos boas. Fazer várias músicas, umas 15, escolher cinco e gravar um EP, com boa captação, uma arte legal, um conceito visual que vai refletir nas fotos’, detalha.
‘E aí sim, quando tiver um material bem legal, uma apresentação bem bacana, aí sim é hora de ir atrás de show, de festival, de se inscrever em editais’, conta, lembrando ainda que as bandas hoje em dia contam com várias ferramentas para tentar gerir melhor as carreiras.
‘Tem muita informação. Vários canais falam sobre isso, de gestão de carreira, isso é bem legal’. Mas, mesmo com essa visão de negócio, o objetivo para Felipe não pode mudar. ‘Não fazer isso para ser um grande artista (em visibilidade). Fazer porque curte, investir porque curte, porque aí é o diferencial’, encerra.
