Celso Costa, Juliano Ribeiro e Henrique Bertol, da banda Bad Bebop
Celso Costa, Juliano Ribeiro e Henrique Bertol, da banda Bad Bebop (Reprodução)
Reportagem Especial

Estradeira, Bad Bebop aprende a ser também digital

O foco é voltar para a estrada, porque ‘a mágica acontece no show’. Mas a banda Bad Bebop está abrindo a cabeça e aprendendo a trabalhar virtualmente. Em setembro, ainda durante a quarentena imposta pela pandemia de Covid-19, o trio lançou seu segundo álbum, Starting Riots.

“A Bad Bebop é uma banda de estrada. Então isso não vai transformar em uma banda digital, virtual. Porque a mágica acontece mesmo no show.”

Celso Costa

‘Quando a gente estava em março e entendeu a amplitude da coisa, o tamanho da bomba que estava vindo, a gente sentou e conversou. Como esse material já estava maturado, a gente resolveu comprar a bronca e tentar se adequar a essa nova realidade de uma banda trabalhar principalmente no aspecto virtual’, conta o baterista Celso Costa.

Juliano Ribeiro (baixo e voz) vê até a temática do álbum, que casa com um país politicamente tenso e ainda encarando uma pandemia, como um fator importante para o lançamento. ‘Apesar de não serem as condições ideais para divulgação, a gente aceitou que era o momento. E até tematicamente o disco faz sentido no momento em que a gente está passando’, diz.

Enquanto isso, a banda se esforça para continuar divulgando Starting Riots virtualmente. ‘A gente está aprendendo junto. Desde o Prime Time Murder a gente tinha essa preocupação. A gente está sempre ventilando ideias e vendo o que conseguimos fazer. É muito importante essa vontade de aprender, de fazer, e essa parceria’, avalia Henrique Bertol (guitarra).

IDEIAS BRUTAS
A Bad Bebop ainda tem o foco na divulgação de Starting Riots. Mas, olhando para frente, pensa em como serão os próximos trabalhos. Uma ideia, por enquanto, é não sair compondo sem parar e avançar nas músicas, tentando deixar apenas o embrião para ser trabalhado em conjunto.

‘A gente meio que teve um acordo de cavalheiros. Eu escrevo quase que compulsivamente. O Juliano escreve bastante. A gente resolveu fazer uma parada um pouco diferente. Pegar ideias um pouco mais brutas e lapidar juntos, para tentar ter uma abordagem de produção um pouquinho diferente’, conta Henrique.

‘Princípios de ideias, riffs, sementinhas de coisas, meu celular está cheio. Mas não vou desenvolver além disso porque em algum momento eu quero juntar no estúdio com os meninos e ver o que a gente faz a partir disso. Tem vários princícios, mas não tem coisas elaboradas e estruturadas como foi para o Starting Riots’, continua.

LIVE
Aquele momento de tocar as músicas juntos novamente está quase chegando. No próximo dia 2 de novembro a Bad Bebop fará sua primeira live. ‘A gente ficou realmente parado, respeitou mesmo a questão do distanciamento, do isolamento social’, conta Celso.

‘Agora é botar essa energia para fora. Live em estúdio, tudo bem captado. Será no Studio Tenda, aqui de Curitiba. A qualidade é muito boa, e vai ser live como show mesmo, pancada na orelha’, fecha.

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