A banda Bad Bebop (Divulgação)
Celso Costa, Juliano Ribeiro e Henrique Berto, da banda Bad Bebop (Divulgação)
Reportagem Especial

Metal da Bad Bebop fica mais coeso com Starting Riots

A banda Bad Bebop (Divulgação)
Celso Costa, Juliano Ribeiro e Henrique Berto, da banda Bad Bebop (Divulgação)

No ‘caldeirão de referências’ curitibana, um teste para baixista rendeu também um ‘vocalista de lambuja’. E, com este início, Henrique Bertol (guitarra), Celso Costa (bateria) e Juliano Ribeiro (baixo e voz) davam início à história da banda curitibana Bad Bebop, que lançou em setembro de 2020 seu segundo álbum, Starting Riots.

“É muito importante, quando você está em seu crescimento, ter essas referências no seu quintal.”

Henrique Bertol

Starting Riots é pesado, mas passando por alguns diferentes estilos, com algumas músicas mais agressivas, outras mais cadenciadas. Henrique tem uma definição simples para o som do álbum e da Bad Bebop. ‘Quando me perguntam eu falo que é metal’, resume.

Juliano também vê dificuldade em definir o estilo da banda e de Starting Riots. ‘A gente acaba direcionando para vários caminhos no decorrer do disco. Existem ideias que vão mais para trash metal, mas ideias que vão mais para o alternativo’, explica Juliano.

‘Já associaram bastante a gente também como banda de stoner. Apesar de a gente ter uma referência forte, não é uma banda que tenha aquela característica típica dos grupos do gênero. Precisamos lançar mais alguns discos para tentar achar um termo’, brinca Celso.

TESTE PARA BAIXISTA
Antes de Starting Riots, o Bad Bebop já havia lançado Prime Time Murder, em 2017, mas na época baseado em criações de Henrique (guitarra), quando ele e Celso (bateria) ainda estavam no Necropsya. O novo álbum, no entanto, teve um entendimento melhor do trio nas composições, inclusive com a linha vocal de Juliano (baixo).

‘Até o Juliano colocar a voz dele nas músicas do Prime Time Murder, era um livro em branco para mim. Poderia ser um vocal gutural, algo mais melódico. Sei que este fator vocal ia determinar muito o que o som iria ser’, relembra Henrique sobre o início da banda.

Juliano juntou-se ao trio após Henrique e Celso abrirem testes para um novo baixista. Mas ele foi além, criando letra e gravando a voz. ‘Quando ele gravou eu não fiz muita cara assim, fiz jogo duro. Quando ele foi embora liguei para o Celso – ganhamos um vocalista de lambuja, junto com o baixista’, conta rindo.

CALDEIRÃO CURITIBANO
A Bad Bebop está muito bem de ‘vizinhos’ no rock’n’roll. Com uma cena forte, Curitiba tem diversas bandas fazendo música autoral que servem como inspiração umas para as outras. ‘É um caldeirão de referências. É um prazer ouvir essas bandas e com certeza elas influenciaram diretamente. A gente sempre descobre uma coisa nova do lado de casa’, conta Celso.

‘Ter essa galera na tua cidade, que compõe essa cena, coexistir com eles, e quando é uma parada que você admira, que você vê que os caras são bons músicos, que escrevem músicas legais, estão preocupados em entregar uma coisa de qualidade, é uma situação de ganha-ganha’, avalia Henrique.

O guitarrista lembra as experiências desde a adolescência. ‘Você ver o cara fazendo na sua frente, escrever uma música autoral, ver como ele lida com o timbre, a performance. Para qualquer cena é muito benéfico e a gente foi muito bem servido’, completa.

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