Edu, Victor e Vini, da banda The Velvicks (Reprodução)
Edu, Victor e Vini, da banda The Velvicks (Reprodução)
Reportagem Especial

Sacrifícios e ‘pepinos’ mantêm Velvicks no chão

Estar em Nova Iorque, nos Estados Unidos, com sua banda de rock fazendo shows, dando entrevistas, conquistando seu espaço. Este sonho para muitos começou a virar realidade para Victor Nader, Vinicius Martins e Eduardo Marsson, integrantes da banda The Velvicks.

“O sonho mesmo é conseguir pagar nossas contas fazendo isso. É mais pé no chão mesmo. Trabalhando o dia inteiro pensando nisso, a próxima música a ser lançada, o próximo show.”

Vinicius Martins

Para Vinicius, a idealização de ser um roqueiro de sucesso vai mudando com o crescimento da banda. ‘A gente cresce e aquele sonho vai se adaptando. Você vai conhecendo a realidade do que é ser músico, do que é trabalhar em uma banda. E as subdivisões de trabalho, fora tocar seu instrumento’, diz o guitarrista.

Mesmo já tendo tocado em lugares icônicos, como o Irving Plaza, em Manhattan, a Velvicks tenta manter os pés no chão. ‘Eu não vejo esse glamour nem quando a gente tocou no Irving Plaza. Eu valorizo, eu entendo que as conquistas são foda. Mas o sacrifício é tão grande quanto a conquista. A gente não vê família, é uma outra vida’, diz Victor.

O vocalista lembra que há muitos ‘pepinos’ para serem resolvidos enquanto a banda não está nos palcos ou diretamente trabalhando em suas músicas. ‘O backstage da parada é a realidade, te deixa no chão’.

BARREIRA DA LINGUAGEM
Este caminho que a Velvicks tem construído nos Estados Unidos deve servir como inspiração para muitas bandas e músicos no Brasil. E Edu Marsson até vê bons caminhos para quem deseja também disputar espaço no mercado-norte-americano, mas não apenas no rock’n’roll.

‘Música eletrônica brasileira aqui é muito famosa. Desde funk carioca até novos estilos de música eletrônica brasileira. Você vê muito DJ brasileiro bem sucedido’, diz o baterista.

‘A galera aqui é muito aberta. O problema é a linguagem. Eles gostam da música. Mas quão profundo vai ser aquele gosto? Aí que tem uma barreira. Tem essa barreira da linguagem que algumas bandas conseguiram quebrar’, continua.

Para Edu, uma banda brasileira ajudou muito a abrir portas. ‘A história do Sepultura é muito importante aqui. É uma das maiores bandas americanas da história. É incrível quando você vê a importância dos caras. É muito grande a banda aqui’.

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