A banda Violet Soda (Juh Gudes Divulgação)
A banda Violet Soda (Juh Gudes Divulgação)
Reportagem Especial

Álbum Violet Soda faz aniversário e ajuda em ano difícil

Shows lotados em Florianópolis, Curitiba e São Paulo. Presença em listas de melhores álbuns de 2019. Sem ter ideia de tudo o que iria acontecer em 2020, a banda Violet Soda acertou duplamente no ano passado. Primeiro no ótimo som de seu álbum homônimo de estreia. Mas também por ter topado fazer o lançamento já em dezembro.

“Se a gente não tivesse lançado, teria sido um ano horrível para a gente. Teria que lançar sem conseguir promover de jeito nenhum”

André Dea, baterista da Violet Soda

O álbum Violet Soda foi lançado exatamente no dia 6 de dezembro de 2019, quando a banda tinha aproximadamente um ano e meio de existência. O grupo surgiu em 2018 na parceria entre Karen Dió e Murilo Benites.

Primeiro eles lançaram o EP Here We Go Again, ainda com André Dea como baterista convidado. Mas, depois, ele e o baixista Tuti passaram a fazer parte da formação oficial do Violet Soda, que lançou no mesmo ano outro EP, Tangerine.

Com os dois primeiros trabalhos, principalmente a partir de Tangerine, a Violet Soda foi crescendo e mostrando o que poderia entregar. A banda chegou então em dezembro de 2019 com seu primeiro álbum cheio pronto para o lançamento. Mas a data para soltar o álbum ainda não estava fechada. O grupo chegou a pensar em lançar apenas em 2020.

‘Ainda bem que a gente lançou esse disco ano passado. Era uma dúvida muito grande se a gente lançava ano passado e começaria 2020 com um disco de 2019. Ou se segurava para lançar em 2020. Mas a gente estava muito ansioso, o disco estava pronto, a gente conversou com a galera da Deck (gravadora), todo mundo falou lança agora, está tudo certo’, relembra André Dea.

‘Se a gente não tivesse lançado, teria sido um ano horrível para a gente. Teria que lançar sem conseguir promover de jeito nenhum. A gente conseguiu fazer um show de lançamento super legal em São Paulo. A gente conseguiu fazer render este disco mesmo neste ano tão difícil’, continua o baterista.

O show de lançamento citado por André aconteceu no Fabrique, em São Paulo, já em março de 2020. ‘Passamos por Floripa, Curitiba e São Paulo. E esses três shows foram muito bons, os lugares estavam lotados. A banda tinha um ano e pouquinho. Muito rápido a gente conseguiu contagiar a galera’, diz.

Murilo Benites também vê outra vantagem no fato de o lançamento ter acontecido no fim de 2019. ‘Um período em que as bandas maiores já não estavam mais lançando. Todo mundo já tinha lançado o que tinha para lançar. E a gente conseguiu entrar em várias listas de maiores do ano. Foi uma chancela de entrar em 2020 com esse carimbo de um dos melhores discos do ano’, afirma o guitarrista.

‘Do momento em que a gente lançou até março a gente teve uma crescente enorme. Apesar de ter sido muito triste o show de lançamento ser o último, para gente ficou uma impressão muito boa. A gente foi se virando da forma que deu’, diz Murilo.

SOM FÁCIL
O Violet Soda chegou para firmar a identidade de uma banda que tinha, na época de seu lançamento, um ano e meio de existência. E, para isso, a aposta foi em não ‘inventar moda’, como lembra Murilo. ‘Não vamos inventar a roda. Fazer o arroz com feijão que a gente sabe fazer, firmar identidade’, continua.

O resultado é que, mesmo com um trabalho recente, a banda pôde sentir o sucesso de suas músicas nos shows. ‘Chegando até o show de lançamento a gente ficou impressionado, porque a gente canta em inglês, mas as músicas são fáceis de assimilar. A galera estava cantando todas as músicas’, relembra Murilo.

Para André, a simplicidade com que a Violet Soda tem criado e trabalhado ajuda no resultado final. ‘O processo de composição do disco foi, entre aspas, bem simples. Isso é uma das coisas que deixa esse disco com uma cara bem legal, é uma descoberta de identidade da banda. Um negócio não forçado, super que aconteceu daquele jeito. Por isso que acho que as pessoas se identificaram também com esse disco’, analisa o baterista.

O QUE FAZER NA QUARENTENA
Sem shows, a Violet Soda dedicou-se muito a manter contato com seu público, e também novos fãs, nas redes sociais. O principal, para o grupo, foi o programa Violet Vibes, no canal da banda no Youtube. ‘Nosso xodó. Foi nossa MTV’, diz Murilo, lembrando o fato de a banda ter sido criada quando o canal de música já estava em outra linha.

‘Foi a oportunidade de fazer nossa MTV. Coisas que a gente buscou fazer para manter o contato com nossa galera, mas que a gente se divertisse fazendo. O principal motivo foram coisas que a gente se divertisse fazendo. Já basta esse período merda que a gente está vivendo’, acrescenta.

A banda ainda lançou um novo EP, o Hang in There, com duas versões ao vivo de músicas da banda e uma inédita – Bad Thoughts. Depois disso, deu uma diminuída no seu ritmo online. ‘Foi meio de propósito. A gente vem de um período de mais de dois anos muito intenso. E no começo da quarentena a gente não freou em momento algum. ’, diz Murilo, que também trabalha em uma agência de marketing digital.

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