A banda Young Lights (Divulgação Luciano Viana)
Reportagem Especial

Young Lights muda e amadurece com novo álbum

A Young Lights mudou. Da juventude de seu primeiro disco, homônimo, de 2017, passando por mudanças em sua formação, a banda chegou a um álbum mais maduro, o Somewhere Between Here and Now, lançado em fevereiro de 2021.

‘O processo foi muito coletivo, todo mundo deu pitaco em tudo. Foi uma coisa bem misturada.’

Matheus Fleming, guitarrista da Young Lights

Ainda em 2019 a Young Lights integrou oficialmente o guitarrista Matheus Fleming, que já vinha tocando com o grupo desde o ano anterior. Além disso, chegaram ainda o também guitarrista Henrique Corrêa e o baterista Bruno Mendes, enquanto Vitor ‘Boss’ Ávila e Gentil Nascimento deixaram o grupo.

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Matheus, Henrique e Bruno juntaram-se a Jay Horsth (vocal, violão e piano), idealizador do projeto, e João Pesce (baixo), que está desde o início na banda. O baixista vê o amadurecimento da banda com estas mudanças e também com a produção do álbum.

‘Eles já eram ali da cena de BH. Tinham muita bagagem, muita identidade. Foi muito legal ter um input tão forte. Acho que isso é refletido nos arranjos. É um disco mais maduro nesse sentido’, diz, lembrando também do trabalho importante dos produtores Bruno Giorgi e Gabriel Ventura, nos estúdios da Oi, no Rio, onde o álbum foi gravado.

João, no entanto, não deixa de lembrar com certa saudade do sentimento jovem do primeiro álbum. ‘Mas eu vejo também, em relação ao outro disco, características muito boas, como algo novo, algo fresco para todo mundo. Quase de juventude do primeiro disco.’

Para Matheus, outro lado positivo da atual fase irá aparecer com mais força quando a banda puder fazer shows. ‘O Jay fica mais solto agora. Agora ele fica muito mais solto para concentrar só na performance, que é o principal, a dança. E depois cantar, em segundo lugar’, diverte-se o guitarrista.

Como fama de fazer grandes shows, cheios de energia, os músicos, durante o papo com o Bem Rock, lembraram também que, ao vivo, as músicas mantêm-se vivas. ‘O disco nada mais é do que uma fotografia do momento. Se a gente fosse gravar este mesmo disco, estas mesmas músicas, daqui três anos, seria outro disco’, diz João.

‘A Young Lights sempre teve muita energia tocando ao vivo. O Jay, com aquela presença toda que ele tem. Não tem como, é natural, uma coisa de momento. No CD (álbum), é uma foto do passado. No show ao vivo você está vivendo o momento’, continua Matheus.

‘Para a gente, que é o autor das músicas, é sempre bom ter um pouquinho essa ousadia de trazer uma novidade dentro daquele universo que é a música. Você tocar usando efeitos, mudando estrutura, mudando a energia’, continua Matheus. E conclui: ‘para mim é muito claro que o ao vivo não precisa seguir o que é gravado fielmente.’

FUTURO
O álbum Somewhere Between Here and Now foi financiado com um processo de crowdfunding. E quem contribuiu recebeu um CD com 12 músicas, e não as 11 disponíveis nas plataformas de streaming. ‘Em breve, acredito que no próximo mês, a gente deve colocar ela, como se fosse a sobra do CD’, anuncia Matheus.

Além disso, enquanto dura a pandemia, a banda tenta pensar em outros formatos. ‘Uma ideia de fazer algumas versões dessas músicas, algo mais acústico. A gente está bolando’, conta o baixista.

Em dezembro de 2020, a Young Lights gravou um show para o Festival Gin/Cana, que foi ao ar no Youtube em 30 de janeiro. Nesta apresentação, eles tocaram as seis músicas que haviam lançado até então: Pills, When You Were Here, Down River, Please, Don’t Die, It’s Over…Now e Your Gun.

Mas agora a banda pretende conseguir tocar as músicas do novo álbum. ‘A gente está doido para fazer essa live, que é a única possiblidade, fazer essa que seria tocando o disco inteiro na íntegra’, conta Matheus.

NOVAS COMPOSIÇÕES
Com todo o processo para lançar o álbum durante a pandemia, a Young Lights tenta agora pensar em como continuar criando, mesmo que seja à distância. ‘A gente está tentando descobrir agora, um formato. Ideias até temos, mas como transforma ideias em uma música ainda estamos descobrindo’, relata João.

Matheus brinca que Jay ainda mantém o processo de enviar mensagens com suas ideias de madrugada, como aconteceu em 2019. ‘O Jay está sempre criando coisas novas, e isso é ótimo. E ele continua mandando, duas horas da manhã chega mensagem. Chegam as mensagens tocando piano, cantando, e a gente vai separando’, finaliza.

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