A banda Válvera (Leonardo Benaci Divulgação)
Reportagem Especial

Válvera supera ausência de shows com grande álbum e clipe incrível

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Fazer um som mais atual, moderno e evoluir. O Válvera atingiu seus objetivos com o lançamento de Cycle of Disaster em agosto de 2020, terceiro trabalho de estúdio desta banda paulista. E se ainda faltava um grande clipe que fosse do mesmo nível do álbum, no fim de abril de 2021 estes neo-trashers completaram também esta missão.

A gente tem que fazer um primeiro clipe foda, num segundo a gente consegue segurar um pouco mais a onda, até por uma questão de custo

Gabriel Prado, baixista do Válvera

O vídeo em questão é da música The Damn Colony, inspirada em um episódio de nossa história retratado como o Holocausto Brasileiro. O termo foi adotado como título do livro de Daniela Arbex, jornalista que revisitou o caso do Hospital Colônia, instituição psiquiátrica em Barbacena, interior de Minas Gerais. Saiba mais nos links abaixo:

Aventuras na História · Manicômio de Barbacena: Os horrores do Holocausto brasileiro
O Holocausto Brasileiro e a verdade (barbacena.mg.gov.br)
Holocausto Brasileiro: Genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil | Amazon.com.br
Livros 63: Holocausto Brasileiro – Daniela Arbex (VÍDEO: entrevista com a jornalista Daniela Arbex)

O clipe foi dirigido por Plínio Scambora, com direção de arte e produção geral de Raquel Tejada. Se para Glauber Barreto e Rodrigo Torres, integrantes originais do Válvera – com dez anos de carreira, a experiência não foi inédita, já Leandro Peixoto e Gabriel Prado encararam o trabalho de interpretação pela primeira vez.

‘Foi uma coisa meio pesada. A gente não tem coisa de interpretação. O máximo que a gente gravou de vídeo foi tocando. Foi uma coisa muito nova, e sobre um tema e uma circunstância muito pesada na história do Brasil. Foi divertido, cansativo, mas divertido pra caramba’, conta o baixista Gabriel, em entrevista ao Bem Rock.

Para o músico, a escolha de The Damn Colony ajudou na produção do clipe. ‘Era um negócio que tinha mais projeção para a galera, apesar do tema sombrio’, diz. ‘Eu acho que foi uma escolha muito acertada porque a gente conseguia fazer uma interpretação boa, a gente conseguia levar uma história melhor para a criação do clipe’, continua.

Agora, conta Gabriel, o Válvera planeja um segundo clipe com cenas da banda em ação. Mas os planos do quarteto vão além disso. ‘Estão (a banda) querendo juntar para começar a fazer a pré-produção do próximo disco’, revela. ‘Eles vão colar aqui em casa porque eu tenho todos os esquemas para fazer uma mixagem preliminar’, continua o baixista.

A banda também tenta se manter ativa em redes sociais e com vídeos em seu canal no Youtube. E tem ainda um projeto diferente com o selo britânico Secret Service Records. ‘Eles vão fazer uma coletânea anos 70 e 80 e chamaram o Válvera para tocar Stayin’ Alive do Bee Gees. A gente vai dar aquela valverizada no negócio’, fecha.

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EVOLUÇÃO COM TERCEIRO ÁLBUM
O segundo álbum do Válvera, Back to Hell, de 2017, abriu ainda mais portas para a banda – o primeiro foi Cidade em Caos, de 2015. Com um som mais pesado e letras em inglês, o Válvera conseguiu atingir não apenas um público maior no Brasil, mas também conseguiu uma sonhada excursão pela Europa.

Foram 11 shows em países como Alemanha, Itália, França, Holanda e outros mais. O trabalho de divulgação e apresentações acabou no fim de 2019. E deixou a banda com o desenho e crescer ainda mais. ‘A banda precisava dar sequência e evoluir em relação a Back To Hell’, explica Rodrigo Torres.

‘Sem nenhum receio, decidimos nos arriscar, explorando ainda mais vertentes no metal e trabalhando com afinações diferentes nas guitarras e baixo. Pisamos em novos territórios, mas não perdemos nossa identidade’, diz. Além das mudanças musicais e de estar ainda mais pesado, ter uma temática que une das músicas também foi algo diferente.

‘É um trabalho cheio de conceitos, que aborda vários desastres e catástrofes que fazem parte da história do Brasil de forma nunca vista antes. Trazemos temas profundos que, apesar do conteúdo histórico e local, não deixa de ser moderno e atual’, finaliza Glauber Braga.

Cycle Of Disaster foi gravado no Dual Noise Studio 2020, em São Paulo/SP, produzido pela banda em conjunto com o Rogério Wecko (masterização, mixagem e engenharia de som) e arte de capa pelo experiente Marcelo Vasco (Slayer, Machine Head, Metal Allegiance, Kreator).

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