Promoção de 'The Sky is Calling Out Tonight'
Promoção de 'The Sky is Calling Out Tonight' (Reprodução)
Reportagem Especial

Não daria certo? O Little Quake está quebrando previsões

Partindo do zero, sem referência e com uma única certeza: não daria certo. Assim Wysrah Moraes e Dudu Guerra Machado partiram para São Paulo no início de 2019. Deixando Jack Johnson no passado e já como Little Quake, esse duo sem medo se prepara para lançar um novo EP.

Nameless chegará oficialmente na próxima segunda-feira, dia 22. E vem credenciado por ‘The Sky is Calling Out Tonight’, um single difícil de definir, se potente e marcante não forem definições suficientes.

As cinco canções do novo EP somam-se às três de Vol. I, lançado no último mês de fevereiro. E, apesar de o projeto ter pouco mais de um ano, a experiência musical de Wysrah e Dudu é nítida no som que o Little Quake produz.

‘A gente se conhece há alguns anos. O primeiro projeto foi Oficina Beatnik, um power trio. Viajamos muito. E começamos a fazer uns trabalhos mais voltados para acústica. Foi meio o que fez surgir a Little Quake’, explica Dudu.

Moramos um tempo em Santa Catarina e ficamos lá com voz e violão, tocando cover pra caralho. Eu não aguentava mais ficar tocando Jack Johnson

Dudu Guerra Machado

De Santa Catarina, esses dois gaúchos de Pelotas resolveram partir para uma nova aventura, com uma decisão: ‘para encarar a correria (de São Paulo), vamos para um trampo autoral e fazer o que gente ama fazer. Para fazer o que a gente fazia na praia, melhor ficar por lá’, brinca Dudu.

ENCARANDO AS INCERTEZAS
Como Oficina Beatnik, Wysrah e Dudu tinham a companhia da guitarra de Yuri Barbosa. Mas, em São Paulo, a dupla encarou uma nova forma de trabalhar e criar. ‘Tínhamos certeza que não daria certo’, conta Wysrah.

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‘A gente não tinha referência de duos, não é algo que a gente escute. Achamos que não daria certo. Eu nunca tinha mexido em um pedal, não sabia como iria funcionar’, continua o baixista.

O Little Quake passou por cima até da falta de equipamento para começar a criar. ‘Os primeiros sons que fizemos, estávamos em Santa Catarina ainda. Os ensaios foram basicamente um violão e outro batucando nas pernas para pensar no que seria uma linha de bateria. Mais um menos um mês assim até começar a ensaiar os arranjos que tínhamos na cabeça’, completa Dudu.

EVOLUÇÃO
A banda agora vê um novo EP chegar acompanhado de um aprendizado. ‘A gente não sabia nada’, confessa Wysrah, avaliando a produção de Vol. I. ‘O primeiro foi mais na intuição, entrou no estúdio, gravou, compôs meio na correria’, explica o músico.

‘Essa música agora (The Sky is Calling Out) a gente percebeu que deu uma amadurecida boa. Estamos entendendo melhor como funciona um duo. Para o segundo (EP) a gente conseguiu definir melhor os arranjos’, continua.

Dudu vai além. ‘Se for comparar (os EPs), tem muita diferença de estilo até. O segundo, apesar de manter essa linha mais underground, explora outros gêneros’, diz o baterista, que cita duas músicas como exemplo.

‘A segunda tem uma pegada pop-punk, uma linha meio melódica, coro. Na sequência uma balada acústica. São coisas completamente diferentes. Estamos compondo e fazendo sons que a gente curta. Não tem muita regra’, finaliza.

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