Um movimento ‘pegajoso’ está acontecendo no rock’n’roll. E a banda Os Texugos é parte integrante dessa onda. Com seu punk rock bubblegum, o grupo do sul do país já lançou um EP – Quarentena em Hill Valley, e planeja outro para o fim de 2020 ou início de 2021.
“O rock depende muito de movimento. Toda a história contou isso, as bandas não se criam sozinhas. E está crescendo um movimento muito legal dessa cena punk-rock underground, bubblegum.”
Diogo Clock
Diogo Clock, vocalista e guitarrista, diz que a banda faz o som que curte. ‘Quando eu vou fazer uma música, faço uma música que vou curtir de escutar. Não dá para forçar muito. Fazer uma música Pink Floyd, não vai sair natural. Aos poucos é legal você ir se soltando como compositor, mas não pode querer inventar muito, senão acaba se perdendo’, diz o músico.
Clock define bem o tipo de som que curte criar. ‘Pop-punk, bubblegum, ramonescore, sons bem grudentos, bem melódicos. É mais ou menos o jeito que eu componho. Eu gosto de compor músicas bem melódicas, bem pegajosos, com refrão bem pegajoso’, explica.
Para o próximo álbum, a pegada deverá ser a mesma. ‘Vai ser no mesmo estilo, não vai fugir muito do primeiro. Essa é nossa ideia, sempre manter essa linha do punk-rock melódico, bubblegum, ramonescore, até o fim da banda, nunca mudar’.
MOVIMENTO
Diogo Clock diz que há algum tempo passou a fazer parte de um grupo de WhatsApp de músicos e bandas do mesmo estilo. E vê o movimento crescendo. Até mesmo com um novo selo sendo criado. ‘Foi criado um selo, a Gruda Records, com nove bandas. É um selo colaborativo, não tem dono, as bandas vão se ajudar’, conta.
‘O cenário está bem legal, está crescendo, tem muita banda nova, muita coisa nova acontecendo. Assim que acabar a pandemia vai ter um cenário bem legal’, analisa. O músico, até diz que um festival deverá ser criado. ‘A ideia da Gruda é fazer um festival grande por ano. Lá no grupo tem banda do Nordeste, do Centro-Oeste, do Sul’, explica.